Hipótese II
A comunidade ocidental tradicionalmente observa os eventos ecológicos através do viés naturalista instituído nos séculos XVIII e XIX, onde há uma clara segregação entre a organicidade propriamente "natural" e o universo dos objetos humanos, ou mundo "artificial".
Além disso, não há em momento inicial algum, as possibilidades de infraestrutura orgânica com objetivo de suporte ao organismo informacional. Revisões de conceitos contemporâneos e dos próprios paradigmas científicos procuram atualmente retificar lacunas emergentes nos campos da física quântica, da astronomia e da biologia, além da cobernética e da filosofia.
Conceitos novos que desmontam o raciocínio linear e materialista acumulado historicamente, que porém ainda domina diversas instituições científicas, inclusive, algumas ong’s ambientalistas.
Observando-se através de um viés mais complexo, comprovado pela própria abordagem biológica tradicional, o ecossistema informacional (que também existe na natureza através da linguagem das cores, odores, temperatura, movimentos etc) encontra suporte nos objetos humanos, estendendo a rede orgânica convencionalmente denominada natural, para toda matéria derivada dos organismos vivos.
Fato que pode levar à hipótese (esta que não invalida as lutas ecológicas, mas complementa) de que a tecnologia e o meio urbano, as máquinas e a vida artificial são consequências naturais do desdobramento biológico desde a matéria inorgânica, e são portanto, também vivos. Isso deve gerar uma discussão em termos de desequilíbrio ecológico, e não em termos de invasão da artificialidade e exclusão da natureza.
Analogias morfológicas e funcionais das formas urbanas e artificiais em geral são ecos da natureza. Portanto, um processo teleológico que institui um caminho através da artificialidade em direção à naturalidade eterna, incluindo assim um suporte informacional como os neurônios, e órgãos de fluxo como as vias de transporte, de amadurecimento e de defesa do organismo em escala global e muitas funções próprias de organismos individualizados.
Em proporção semelhante à da sequóia, 99,9% da massa da sociedade humana é "morta", fazendo porém, parte de um corpo constituído por processos orgânicos e fases de crescimento, intimamente ligados aos ritmos circadianos .
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parêntese:
Ritmo circadiano, ou ciclo circadiano, designa o período de aproximadamente um dia (24 horas) sobre o qual se baseia todo o ciclo biológico do corpo humano e de qualquer outro ser vivo, influenciado pela luz solar.
O ritmo circadiano regula todos os ritmos materiais bem como muitos dos ritmos psicológicos do corpo humano, com influência sobre, por exemplo, a digestão ou o estado de vigília, passando pelo crescimento e pela renovação das células, assim como a subida ou descida da temperatura.
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O processo como um todo assemelha-se aos desdobramentos entre organismos (indivíduos) unicelulares, multicelulares, colônias e novamente, indivíduo (multicelular), num ciclo ascendente e global, lembrando também as funções fractais e o anamorfismo mineral / biológico.
Algumas hipóteses bem conhecidas, mas também com abordagens metafísicas externas à práxis centifica em seus métodos de inferência, afirmam que os minerais são vivos, pois algumas pedras preciosas e semi-preciosas, e muitos elementos geológicos (vide espeleologia) comportam-se parcialmente como seres vivos, já que nascem, crescem, reproduzem-se e morrem.
Fato que em sua incompletude, entra em análise acompanhados dos vírus, inclusive os de computador, pois sabe-se que (os primeiros) são inertes e praticamente minerais quando não hospedados, apesar de evoluirem.
Pesquisas em inteligência artifícial e a própria rotina da internet e dos computadores demonstram que formas "vivas" (trojans, virus, spywares, worms, backdoors, etc.) também comportam-se, em termos epistemológicos, como os seres vivos tradicionais, recebendo de forma ligeiramente irônica, nomes de seres vivos.
Wikipédia, a enciclopédia livre.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Hipótese_de_Gaia
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