O declínio do movimento antiglobalização nos EUA e a incrível onda de apoio por parte dos anarquistas após a devastação do furacão Katrina [furação], sugere que é possível um novo alinhamento político e tático na América do Norte.
Os anarquistas fizeram um trabalho admirável lançando ideais, táticas e discursos revolucionários no movimento anti-globalização.
As campanhas dos reformistas tradicionais [por exemplo, aqueles que estão contrários a exploração em grandes fábricas] e grandes sindicatos [por exemplo, os caminhoneiros] foram seduzidos pela diversidade de táticas, o consenso, a descentralização baseadas nos grupos de afinidade e outros princípios básicos anarquistas.
Pudemos vincular estas campanhas limitadas, dentro de nossa crítica global do Estado e do Capital, ao mesmo tempo em que mostrávamos as diversas pessoas às idéias e os sonhos da anarquia.
O último movimento "contra a guerra" [quem sabe talvez melhor descrito se dissermos "contra a guerra do Iraque"] foi um fracasso para os anarquistas norte-americanos, apesar de alguns esforços sérios por parte dos anarquistas de San Francisco.
Engolidos e manipulados por grupos autoritários e coalizações não-revolucionárias, o último movimento contra a guerra se desfez rapidamente dos princípios e desaprendeu as boas práticas que fizeram os movimentos anti-globalização se tornarem tão dinâmicos e efetivos neste país.
As convergências, os entrosamentos, os compartilhamentos de habilidades, os debates, as clínicas médicas, os comedores e as cozinhas livres, desapareceram do dia prá noite.
A participação nas marchas contra a guerra se converteram na atomizante e coreografada experiência de esquerdistas por todo o globo, aonde as pessoas foram levadas em ônibus à marchas, aonde se dava voltas agitando os penosos símbolos pré-fabricados por algum dos grupos implicados, aonde se escutaram tediosos discursos vazios, e aonde logo voltavam a embarcar no ônibus de volta pra casa, contentes, com o cumprimento de seu trabalho democrático.
A seqüela da débâcle [ruína, queda, ruptura, fracasso, desastre] do Estado em Nova Orleans que seguiu ao Katrina, mostrou que existe ainda uma presença ativa de anarquistas neste país. Espontaneamente, alguns grupos se mudavam a Nova Orleans e trabalhavam em suas próprias comunidades promovendo solidariedade.
Os anarquistas foram os primeiros a ampliar a crítica da pobre resposta estatal, que lançava questões de justiça de raça, de classe, meio ambiente, e a militarização da ajuda estatal. Ainda há centenas de anarquistas trabalhando e movendo-se por NOLA [Nova Orleans].
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