A resposta anarquista representou as melhores práticas do movimento anti-globalização [e dos princípios anarquistas básicos]: entrosamento de habilidades, consenso, organizações descentralizadas, o realçamento das comunicações entre oprimidos, à ética do "faça você mesmo" e a convergência.
Ironicamente, talvez, agora aja mais anarquistas que durante o período antiglobalização, apesar da falta relativa de resistência pública dos anarquistas.
Há definitivamente mais projetos anarquistas hoje que inclusive há alguns uns anos atrás: periódicos e revistas; centros sociais [lá chamados infoshops]; centros comunitários; webs; casas coletivas; sítios; etc., mas pouco na via da resistência ativa ao Estado o ao Capital. Esta falta de visibilidade e de ações inspiradoras tem causado que muitos anarquistas se desesperem e sintam que o "movimento" está em declive.
Todavia, os anarquistas não têm desaparecido desde o 11-S [11 de setembro de 2001], estamos ainda trabalhando em nossas comunidades e lançando novos projetos, mas há uma necessidade definitiva de re-enfocar nossos esforços.
Propomos que os anarquistas trabalhem com as comunidades no senil [decrépito] do petróleo, a permacultura e as bio-regiões, para nos prepararmos melhor para o novo alinhamento que a resposta ao Katrina [furação] tem sugerido.
Nossa relação atual com as "comunidades de permacultura" [incluindo aqui todos os grupos e indivíduos orientados pelo senil do petróleo, os problemas ambientais e de crises energéticas] é similar às relações que constituíram o êxito do movimento anti-globalização [relações com campanhas contra empresas que exploram o terceiro mundo, sindicalistas de base, gente do Earth First etc.].
A maioria dos permaculturistas são liberais/esquerdistas e muitos compartem nossas crenças, inclusive ainda que não se chamem anarquistas a si mesmos.
Em sua maior parte estão implicados politicamente no nível local e optam por uma alternativa opondo-se a um modelo confrontacional para tratar com o Estado e o Capital.
Isto vêm de uma posição relativamente privilegiada que têm muitos permaculturalistas na sociedade em geral. Inclusive chegou a haver uma corrente de "capitalismo verde" em muitas eco-aldeias e comunidades permaculturais.
As pessoas no senil do petróleo e o povo orientado para outras crises tendem a ter uma opinião mais radical e crítica sobre o Estado e o capitalismo global; sem dúvida, seus esforços são geralmente acadêmicos ou marginalizados.
Cremos que estas pessoas são nossos aliados naturais no novo alinhamento das coisas. Têm uma infra-estrutura impressionante e habilidades e táticas úteis para tratar com crises de uma forma sustentável.
Juntos podemos mostrar as pessoas que há mais alternativas que reconstruir a Babilônia, e que nas crises surgem oportunidades para resistir ao poder mortal do Estado e do Capital.
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