Intelectualmente e emocionalmente, o ser humana é, no seu conjunto, fundamentalmente semelhante.
A cultura é, talvez, o grande diferenciador entre todos nós, registro ético e moral que interpenetra no mundo material e espiritual. Intelectualmente e emocionalmente temos limites, mas também possuímos a liberdade para, entre os limites, influenciarmos a forma de cultura que traduzimos.
De fato, os dilemas que hoje enfrentamos exigem uma visão holística [o homem é um ser indivisível, que não pode ser entendido através de uma análise separada de suas diferentes partes] do mundo e uma enorme abertura de nossa criatividade.
A ciência e a tecnologia, em absoluto, podem ser substantivos neutros mas, na prática, não o são e é necessário termos a capacidade de incorporar o valor da natureza na nossa postura individual e social e no nosso código ético e moral, em suma, na nossa cultura.
Para isso é necessário desenvolvermos a nossa capacidade de jugamento. Também por isso, Murray Bookchin se preocupa em analisar a sociobiologia, forma emblemática do desastre de se coincidir um quadrado com um círculo.
Concorde-se ou não com tudo o que Murray Bookchin afirma – isso não é muito importante – a verdade é que ele aborda, lucidamente, alguns dos problemas que hoje são para nós abordados com maior acuidade.
Ficar alheio, mesmo conscientemente, ao mundo, ou não ficar e intervir, é uma opção de cada um. Murray Bookchin fez desde há muito, a sua. Por tudo issso, vale apena lê-lo.
fonte:
orelhas do livro Sociobiologia ou Ecologia Social?, de Murray Bookchin; Achiamé Editor, Rio de Janeiro.
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