Se por um lado o agronegócio traz dor, sofrimento, morte e destruição aos explorados, de outro traz às elites brasileiras o tão desejado progresso. Segundo o MAPA[1], a safra de 2007 foi recorde, atingindo 131,5 milhões de toneladas de grãos.
As exportações do agronegócio totalizaram recorde de 71,9 bilhões de dólares em 2008, com um superávit recorde da balança comercial do setor de 60 bilhões de dólares.
Em resistência a este modelo que serve apenas aos poderosos, diversas organizações populares viram-se na extrema necessidade de manifestar seu repúdio a mais este absurdo.
Desde o momento em que essa exploração se instaurou, discute-se a necessidade de uma outra forma de relacionamento com a natureza para a obtenção dos alimentos.
Assim, surgiu a idéia da Agricultura Ecológica, que se difere da agricultura convencional do agronegócio por se pautar em um processo de trabalho e produção que visa a não exploração dos trabalhadores, a universalização das terras e dos recursos, a recuperação ambiental, a garantia de acesso a um alimento saudável para todos os produtores e consumidores e a melhoria da qualidade de vida da população do campo e da cidade, tendo como finalidade a promoção da “saúde integral do homem” e do “bem-estar da natureza”.
[...]
Para nós a Agroecologia busca estabelecer um contraponto à agricultura capitalista e à sociedade burguesa, repudiando a concentração de terras nas mãos dos latifundiários e a dependência do mercado financeiro, assim como o monopólio das sementes mantido pelas multinacionais através das leis de patentes, do cultivo de transgênicos e do uso de agrotóxicos.
Hoje, em meio à realidade que vivemos, de roubos dos recursos naturais mascarados em privatizações e estatizações, acreditamos que ao dialogarmos com os trabalhadores sobre o processo de construção de redes de apoio mútuo, a sociedade poderá ser transformada através de seus movimentos organizados, produzindo vida e harmonia, diversidade e justiça.
Quando a cidade ao campo se unir, a burguesia não vai resistir!!!
nota:
[1] – Ministério da Agricultura, Pesca e Abastecimento
fonte:
libera 142, informativo da Federação Anarquista do Rio de Janeiro.
http://www.alquimidia.org/farj/index.php?mod=pagina&id=3908
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