“A humanidade tem sido difamada pelos próprios seres humanos, ironicamente como uma forma de vida amaldiçoada que acima de tudo destrói o mundo vivo e ameaça a sua integridade.”
Essa afirmação é parte do discurso de Murray Bookchin, filósofo norte americano defensor da Ecologia Social.
Bookchin criticava o posicionamento simplista de muitos ambientalistas, que coloca o homem e sua evolução em oposição à natureza. O grande problema em se assumir uma postura pessimista frente aos problemas ambientais, segundo ele, é não conseguir enxergar soluções, e, conseqüentemente, deixar de agir, ficando somente nos “resmungos e meias idéias”.
Pensando bem, é mesmo fácil nos dias de hoje, diante de tanta informação, apontar o ser humano como o grande vilão do planeta e crucificar o processo desordenado de desenvolvimento ao qual nos submetemos, envolvendo todos os demais seres vivos.
Para o filósofo, é necessário compreender profundamente o processo evolutivo da humanidade e não dissociá-lo da evolução natural.
“A natureza, por sua vez, não é apenas um cenário que admiremos através duma janela (…). A natureza não é uma pessoa, uma mãe carinhosa, nem, na crua linguagem do século passado, “matéria e movimento”. Nem sequer é um mero processo, que envolve ciclos repetitivos como a mudança das estações ou as subidas e descidas das atividades metabólicas. Melhor, a história natural é uma evolução cumulativa em direção a sempre mais variadas, diferenciadas e complexas formas e relações.”
Leia o texto Sociedade e Ecologia, se quiser se aprofundar nesse assunto.
in:
http://verdedentro.wordpress.com/2009/07/26/ecologia-social/
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