Constantemente, nos deparamos com divulgações de grupos ambientalistas e ONGS que defendem com unhas e dentes as chamadas Unidades de Conservação.
Sabemos, obviamente, da importância na conservação dos recursos naturais e da biodiversidade do planeta, só não podemos cair nesta propaganda de que as unidades de conservação são a salvação para a vida na Terra.
Não é difícil perceber que esta filosofia de separação homem x natureza e que o mito da natureza selvagem e intocada (wilderness) são extremamente nocivos à uma prática de vida ecológica viável.
São muitos desses defensores dos Parques Nacionais e áreas similares que estão, atualmente, expulsando comunidades tradicionais que vivem nessas regiões há várias gerações de forma sustentável com a desculpa medíocre de que tais comunidades são nocivas à área do Parque.
O tão querido IBAMA é um dos primeiros da lista!
Quando essas comunidades criam resistência à expulsão, políticas de restrições são impostas àquela população para que sua continuidade na área torne-se inviável causando a consequente dispersão da mesma para outras localidades (normalmente, à marginalidade das cidades).
Muitos ditos ambientalistas, ao invés de estarem buscando formas alternativas para se utilizar os recursos naturais de forma sustentável e fora da lógica capitalista de produção (onde os recursos são destruídos numa velocidade bem mais rápida que a da própria regeneração natural) estão gastando suas energias para criarem pequenas unidades de conservação fragmentadas (que estão fadadas à auto-entropia) enquanto, fora destas unidades, a urbe (juntamente com os criadores das áreas de conservação) tudo engole e tudo transforma em cinza frio pardacento.
E não podemos também resumir ecologia simplesmente ao verde. A ecologia também está em nossas interações sociais nos meios urbanos! Joguemos fora este mote de que onde há homem há destruição.
O problema é sócio-cultural!
Pela integração saudável do homem e a natureza, por uma ecologia social e libertária.
Abraços!
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