Quarto Olhar: UM ritmo do mais lento, para uma mudança mas profunda.
Quando olhamos a eliminação do conceito de vanguarda, essa que dizia que com uma elite preparada e um programa e uma estratégia adequada, nós teríamos, inequivocadamente, a revolução entendemos mais a nossa necessidade da construção de alternativas revolucionarias como um processo.
A imagem de adiar metas que ainda não são realizáveis se derruba frente à idéia de que há de se construir em um ritmo do mais lento.
Eliminando de novo a intenção de impor idéias e estratégias que por muito corretas, por muito avançadas que sejam não podem ser cristalizadas sem o outro, sem os outros, que as devem compartilhar, entender e enriquecer ditas propostas.
Caminhar ao ritmo do mais lento é construir um processo coletivo para caminhar, e não correr deixando ao resto atrás.
Enquanto uma parte da esquerda se nega a reconhecer que não há um só ator da transformação, o pensamento e a ação que propomos é um exemplo entre muitos outros de que nenhum setor tem um papel histórico predeterminado.
E mais ainda, que a classe operária industrial, à que se atribuía um papel protagonista teve posições bem mais conservadoras frente à emergência de novos atores como os povos índios, os trabalhadores desempregados ou os movimentos de mulheres e pelo ambiente.
segue...
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