Terceiro olhar: Uma nova forma de fazer política.
Propomos então um terceiro olhar. A história da esquerda e de nossos movimentos está cheia de tristes exemplos onde os piores vícios do poder dominante foram reproduzidos em nossas organizações, em nossas decisões, em nossas estratégias.
É uma história que separava os meios dos fins.
Se procurássemos um mundo melhor para todos, o socialismo, o comunismo ou a revolução social, isto justificava qualquer meio para se chegar a isso.
Hoje, sabemos que este pensamento pragmático deixou muito que desejar e que cooptações, a corrupção, o sectarismo, o vanguardismo, o setorialismo e o autoritarismo, abalaram a credibilidade e a esperança de todos que viram seus dirigentes revolucionários converterem-se em ditadorezinhos em seus partidos ou em suas organizações.
Que viram enriquecer aqueles que falavam de um mundo igualitário. Que viram reproduzir o poder que tanto se criticava. Os que se diziam dominados, convertendo-se em novos dominadores.
Uma nova ética, fundada em espaços coletivos é condição imprescindível para um novo mundo. Espaços e organizações que possam ser a expressão de uma democracia direta e assemblária onde todos possam ter voz e assim construir o conhecimento e a pratica em uma vivência cotidiana da nossa utopia, em oposição a organizações com muitos membros, mas que na prática costumam ser a voz de um só.
Sem novos movimentos que se desenvolvam, experimentem e atuem dentro de um novo marco ético, um novo mundo se afasta, com o descrédito frente aos nossos olhares.
segue...
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